Manaus sempre precisou de um bom restaurante que possuísse todos os quesitos dignos de se encontrar nos melhores do mundo. E assim, talvez percebendo essa grande lacuna gastronômica existente na cidade, foi aberto o Banzeiro, especializado em comida regional.
O restaurante foi construído num local sossegado da cidade, próximo ao Reservatório do Mocó, um antigo reservatório de água da cidade. Quanto ao ambiente, foi dispensada toda uma preocupação com a decoração, exaltando nossa cultura e regionalidade. Diversos quadros enfeitam as paredes, juntamente com uma bela e enorme canoa antiga colocada em destaque em uma delas.
Quanto ao serviço prestado pelos garçons, acho de ótima qualidade. Estão sempre preocupados com os clientes e tudo é servido sem grandes delongas. Agora, só um adendo: um quesito que sempre me faz julgar o lugar de antemão, é a quantidade de cardápios oferecidos nas mesas. Se somos quatro pessoas sentadas, por que entregar apenas dois? Por acaso quem não recebeu consegue ler pelo verso do cardápio de quem foi o felizardo por receber? Mas sim, isso foi só pra ilustrar que não é o caso no banzeiro e cada cliente recebe o seu cardápio.
Mas tenho que colocar por aqui que uma das vezes em que fui, tive uns probleminhas. A comida demorou muito pra chegar e ainda veio errada, transformando os primeiros 30 minutos de espera em mais 40. Mas pelo menos nos foi servido uma entrada de graça pra compensar a espera.
Mas vamos falar da comida, né?!
É impressionante como o chef Felipe Schaedler conseguiu unir sabor, simplicidade e sofisticação em pratos tão comuns do dia-a-dia amazonense e ainda oferecê-los com um toque diferenciado, mostrando que nossa culinária pode figurar em qualquer restaurante do mundo como estrela.
Os pratos, desde as entradas até as sobremesas são de uma qualidade e sabor surpreendentes. De verdade, não existe restaurante melhor nessa cidade.
O caldinho de peixe, como couvert, abre o apetite e ajuda a escolher o que comer. E pra esperar chegar a comida, nada melhor que um pastelzinho de queijo ou tirinhas empanadas de peixe ou um bolinho de pirarucu (um amigo do meu pai de São Paulo disse que isso foi a melhor comida entre TUDO que ele já comeu na vida). Essas entradas são sempre servidas em pratos diferentes, e muito bem apresentadas aos olhos e quanto ao sabor... indiscutível hehe.
De prato principal, elejo como meu preferido a muqueca de pirarucu com pirão, mas não me importaria em ter que comer umas costelinhas de tambaqui assadas ou um pirarucu grelhado acompanhado de uma farofa molhada - que é a melhor farofa do mundo - e um purê de batata dos deuses hehe e como dito acima, a apresentação é sempre bonita, o serviço dos garçons em colocar a comida no seu prato é ótimo e cada garfada é de suspirar.
Já as sobremesas, pra quem quer terminar a refeição com chave de ouro, são indispensáveis!!! A regionalidade dos ingredientes e a foma com são apresentadas transformam esses doces magníficos em algo diferente e que valem a pena a colherada. Só pra ilustrar, quero conhecer alguém que não goste das bananas fritas com creme patisserie e cobertura crocante de açúcar ou ainda do creme gelado de cupuaçu com chocolate.
Vale MUITO uma passada por lá. O restaurante fica na Rua Libertador, n. 102, Bairro Nossa Senhora das Graças, próximo ao reservatório. É só subir a Maceió em direção ao cemitério e quando a ladeira estiver terminando, dobrar a direita.
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